O que é ansiedade?
A ansiedade é uma reação natural do corpo a situações de ameaça ou stress, ativando a resposta de “luta ou fuga”. Essa resposta prepara o organismo para reagir, aumentando o fluxo sanguíneo para os músculos e acelerando o batimento cardíaco, o que é vital para a sobrevivência[Examine.com; APA].
No entanto, quando a ansiedade ocorre frequentemente sem motivo aparente, é desproporcional e prolongada a ponto de interferir na vida diária, ela se torna um transtorno que necessita avaliação e tratamento adequado[AMA; NICE].
Existe um nível saudável de ansiedade que nos mantém alertas e produtivos, mas o excesso prejudica o funcionamento emocional e físico.
Como a ansiedade se manifesta?
A ansiedade pode variar ao longo do tempo, com episódios intensos intercalados por períodos de relativa calma.
Os sintomas físicos e emocionais mais comuns são:
- Angústia, sensação de peso no peito.
- Palpitações e aceleração do coração.
- Tensão muscular e desconforto geral.
- Dificuldade de concentração e irritabilidade.
- Alterações do sono (insónia ou sono fragmentado).
- Alterações da motilidade intestinal, normalmente diarreia.
- Comer compulsivamente.
- Confusão mental.
Principais causas da ansiedade
- Predisposição genética: Estudos apontam maior risco em famílias com histórico de transtornos ansiosos[Genetics of Anxiety; PubMed].
- Desiquilíbrio químico: O mal funcionamento de neurotransmissores como o GABA (responsável pela calma), adrenalina e noradrenalina (ligados à resposta de alerta) está associado ao desenvolvimento da ansiedade[Neurotransmitters Review; FDA].
- Fatores psicológicos: Baixa autoestima, dependência emocional e traços de personalidade ansiosa exacerbam sintomas. Normalmente o medo descontrolado presente na ansiedade e as fobias podem ter tido origem na infância. E agora na fase adulta, como não gerimos as cicatrizes emocionais e o nosso cérebro foi formatado a pensar dessa forma, ficamos presos numa forma de agir que está desligada da realidade presente
- Influência de substâncias externas: Drogas, álcool, cafeína e certos medicamentos podem desencadear ou agravar crises de ansiedade.
Tipos de ansiedade
1. Ansiedade Generalizada
Caracteriza-se por preocupação excessiva e constante, mesmo sem motivos objetivos. Sintomas comuns incluem boca seca, tremores, tonturas e alterações gastrointestinais.
Esta condição frequentemente piora a qualidade do sono devido à hiperativação do sistema nervoso.
2. Ataques de Pânico
Caracterizam-se por episódios súbitos de medo intenso acompanhados por sintomas físicos graves, como dor no peito, falta de ar e palpitações.
Duração típica entre 10 a 20 minutos. Pode estar relacionada a fobias ou outras condições psiquiátricas.
Tratamentos disponíveis
1. Tratamento farmacológico
- ISRS (Sertralina, Escitalopram, Fluoxetina, Venlafaxina em certas doses): Atuam sobre os receptores de serotonina e dopamina, promovendo um equilíbrio químico no cérebro ajudando a corrigir o desiquilibrio inicial que origina a ansiedade. Melhor perfil de segurança, menor índice de habituação e não carece do plateau de tolerância que obriga a subir doses constantemente como se constata nos ansiolíticos de curta e longa duração.
- Benzodiazepinas (Alprazolam, Diazepam, Lorazepam): Potenciam a ação do GABA, promovendo efeito calmante rápido. No entanto, apresentam riscos de sonolência, fadiga, perda de memória e podem causar dependência em uso prolongado. Por isso recomendam-se para uso curto e sob supervisão médica[EMEA; FDA].
- Buspirona e outros antidepressivos triciclicos e atípicos: Atua sobre receptores de dopamina e serotonina, reduzindo a excitação e ansiedade. Não causa sonolência nem dependência e apresenta início de ação mais lento (1-3 semanas).[Examine.com]
2. Tratamentos alternativos
- Plantas medicinais: Valeriana, camomila, passiflora, óleo de lavanda, CBD, Ashawaganda, Rhodiola, Eleuterococo, possuem efeito ansiolítico leve e menor impacto sedativo que benzodiazepinas, podendo ser úteis em casos de ansiedade leve a moderada.
- Suplementos de melatonina: Indicados para melhorar o sono, especialmente em ansiedade associada a alterações do ciclo circadiano, sem risco de dependência[Examine.com].
Medidas práticas para controlar a ansiedade
- Práticas regulares de relaxamento, como meditação e respiração profunda e controlada. Isto permite abrandar o ritmo cardíaco e baixar as concentrações de noradrenalina.
- Atividade física moderada para reduzir o stress por elevação das endorfinas que são hormonas que induzem um estado de relaxamento e descontração. Também serve para responder à resposta de Fugir ou lutar que caracteriza a ansiedade.
- Rotina de sono adequada. Para que ocorra um bom descanso e os neurotransmissores se possam acertar por mecanismo de feedback.
- Evitar consumo excessivo de cafeína e álcool. Pois são neuroestimulantes e aumentam o ritmo cardíaco. O que vai produzir o efeito oposto ao que pretendemos
- Acompanhamento psicológico ou psiquiátrico quando indicado. Em caso de ansiedade persistente ou generalizada aconselhamos fortemente consultas de psicoterapias. Para exploração de causas mais profundas para a anisedade.
Nota Final
Sintomas frequentes ou intensos de ansiedade exigem avaliação médica para diagnóstico correto e indicação do tratamento mais adequado, que pode incluir farmacoterapia, psicoterapia e mudanças no estilo de vida.
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